O browser que usei durante mais tempo até hoje foi, sem dúvida, o Firefox. Na época em que comecei a usar a Internet com frequência, era o melhor browser que existia e foi assim durante muito tempo. Quando comecei a usar o GNU/Linux, nos idos de 2007, com o Ubuntu 7.10 ou 7.04, o Firefox era o browser padrão e nos dávamos muito bem.
Mas tudo mudou em ano, quando o Google Chrome foi lançado. Eu nunca usei o Google Chrome, mas sim o Chromium, o projeto de código aberto no qual o browser do Google é baseado. Em questão de uma semana eu já havia parado de usar o Firefox em favor do novo browser, que era mais rápido, iniciava em segundos e renderizava as páginas em pouco tempo. O programa parecia mais responsivo em geral; foi assim que virei um de seus fãs.
Seja como for, eu sempre senti falta de usar o Firefox. Ele tinha uma magia inexplicável, um carisma único. Eu o instalava e rodava a cada nova release (antes delas se tornarem comuns), mas o browser nunca chegava à mesma velocidade do Chromium, no entanto.
Mesmo quando comprei meu computador atual, há uns três anos, ele ainda rodava melhor. Meu computador é um modesto Asus Eee PC com 2 GB de RAM, um processador Atom de 1,3 GHz e uma placa de vídeo da NVIDIA boa o suficiente para rodar alguns filmes em alta definição. Uma máquina legal, mas longe do padrão dos dias de hoje, onde os computadores têm pelo menos o dobro de RAM e processadores com o dobro da velocidade e núcleos.
Um dia notei como o modo que navegamos pela web me incomodava. Nossos sites dependem demais de mouses, o que não é muito confortável quando se passa 90% do tempo no computador usando um trackpad. Os browsers também endossam bastante esse paradigma. Então busquei por um plugin que permitisse rodar comandos comuns a partir do teclado e foi quando encontrei o Vimium, um plugin para o Chromium. Eu adorei o plugin, e usava ele bastante na época; mas encontrei, também, o fantástico Vimperator.
O Vimperator é um plugin para o Firefox que o transforma completamente. A navegação é feita totalmente pelo teclado, e você pode acessar inclusive o menu do Firefox usando comandos. É baseado no Vim, meu editor favorito, o que lhe rendeu muitos pontos positivos, sem falar do nome cool.
Foi então que me apaixonei pelo Firefox novamente. Uma pena, pois eu não estava disposto a usá-lo.
Quando minha mãe comprou seu novo computador, um tanto mais potente que o meu, instalei o Ubuntu 12.04 para ela. O Firefox veio por padrão, como sempre, e imediatamente instalei o Vimperator no meu usuário. No final de semana passado fiquei uns dias na casa de meus pais, usando bastante o computador de minha mãe, para brincar um pouco com a interface do Ubuntu (sobre a qual tenho algumas ressalvas) e decidi que iria deixar de lado meu preconceito pelo Firefox, fomentado por tantas experiências boas com o Chromium, e simplesmente usar o Firefox com Vimperator durante duas semanas.
Meu sistema já está configurado, e meu atalho no Fluxbox já chama o Firefox quando aperto minha hotkey para iniciar o browser. Vou analisar especialmente a velocidade com que o Firefox e o Vimperator respondem aos meus comandos, que é notavelmente lenta quando comparada à do Chromium, e dizer se vale a pena mudar para ele.
Abraços a todos e fiquem ligados para a minha conclusão daqui duas semanas!
P.S.: Obrigado pela foto, Alex Barros!